Educação à base de gritos


ivemos em uma sociedade em que a palmada foi banida e quem a dá pode ser considerado um descumpridor de lei. Então, como eles precisam impor disciplina às crianças e não podem bater, eles gritam. Só que assim como as palmadas deixam marcas e traços de medo, depressão e coisas assim nas crianças, os gritos também deixam. Então os gritos não são eficientes? Não, meu caro.

Em primeiro lugar ninguém é surdo, seu filho não é. Ele te ouve e desobedece porque não te respeita, e se ele não te respeita falando, gritando então, sem chances. Aliás, ao gritar, para a informação de desinformados, a criança não escuta sequer uma palavra do que você diz, ela não entende. Ela só entende que você gritou, sente raiva por isso, obedece na hora por medo e falta de opção e só depois volta a fazer a mesma coisa, se não fizer pior do que da primeira vez.

Não há aprendizados com gritos, porque se houvesse você não precisaria gritar mais vezes, concorda? Seu filho não é sem vergonha, rebelde ou gosta de gritos, ele é ensinado a ter educação e quer ver isso na prática, direito dele. Se quer respeito, respeite, se quer educação, seja educado, nada mais justo. Você é sim a autoridade em casa, mas não vai conseguir nada de bom se só você encarar isso como bom e seu filho te achar um tirano.

Aliás, se você quer um filho e não um inimigo, não grite, não bata e não ameace. Um único grito ou uma única ameaça pode ser tão marcante que, ele pode estar com os filhos dele no braço e não esquecer, além de jogar na sua cara que nunca vai se comportar como você era com ele, entre outras coisas.

As crianças também não são burras e entendem que os pais estão cansados, estressados, nervosos e irritados, elas são capazes de perceber isso. Mas, se após gritar você pedir desculpas, conversar com seu filho e dizer a ele que vai fazer de tudo para que isso não aconteça mais, com certeza ele não guardará isso na mente nem no coração, o que é muito bom para a relação de vocês em longo prazo.